Monday, November 4, 2019

Tecnologias e criptomoedas contra a tirania estatal.

As vezes, uma má notícia para as pessoas converte-se em uma nova solução tecnológica, um novo produto, uma nova forma de empreendedorismo, uma nova solução anti-estado.
A notícia veiculada pelo portal criptofácil: "Venezuelanos criam hardware para transacionar Bitcoin durante apagões" é um dos bons exemplos desse aparente paradóxo. o empreendedor Randy Brito está encabeçando o projeto Locha Mesh, que visa oferecer soluções para que os venezuelanos continuem a utilizar bitcoins mesmo durante apagões da rede elétrica venezuelana, onde os indivíduos ficam impedidos de acessar a internet.
A Locha Mesh criou dois protótipos até agora, chamados Turpial e Harpy, ambos agindo como pequenos roteadores que não precisam de WiFi. Em vez disso, eles transmitem mensagens pelo “mesh”, até que um deles tenha conexão com a internet. Brito explica:
“Estes dispositivos permitem o comércio [durante um apagão] ao tornar possível aos usuários enviar e receber pagamentos utilizando a rede Bitcoin. Estes dispositivos são fáceis de carregar e esconder, por questões de segurança.”
Em março, estes dispositivos criaram um sistema experimental que funcionou durante 22 horas consecutivas, até mesmo conectando os dispositivos Harpy com satélites da Blockstream e disponibilizando conectividade para outros usuários por meio do dispositivo Turpial. Logo em seguida, surgiu o foco em viabilizar pagamentos rápidos e pequenos, utilizando a Lightning Network
O velho Karl Marx dizia que o capitalismo continha em si mesmo o germe da sua destruição. De acordo com o cosplayer de satanás, a própria economia capitalista trazia consigo a assenção da classe do proletariado, qual classe tomaria o lugar de protagonista da história.
Porém, o que é facilmente constatável é que na verdade o estatismo é que contém em si mesmo o germe da sua destruição. Ora, tanto maior for o estatismo e o modus operandi despótico dos governos, maior será o ímpeto para que a livre iniciativa floresça com a resolução de um problema, gerando valor para os indivíduos. Não surpreende portanto que a tecnologia das criptomoedas seja muito mais demandada em países absurdamente despóticos como a China.
Fato é que mesmo antes da popularização do bitcoin, certas tecnologias já representaram praticamente a salvação para alguns indivíduos em situação de penúria. No Quênia e em alguns outros países da África subsaariana em 2011 já era conhecido uma modalidade de pagamento por sms denominada m-payment. Naquele ano a quantidade de usuários desse sistema no Quênia já estava em torno de 10 milhões.
Graças ao uso massificado, quenianos podem pagar praticamente todas as suas contas com o celular. Desde a padaria, corridas de táxi e compras online por telefone, até receber salários e remessas de valores de parentes que vivem no exterior. Tudo com a segurança dos sistemas informatizados.
Alguns quenianos migraram para o sistema para evitar assaltos. Simplesmente não precisam mais carregar dinheiro.
O sistema é tão simples e seguro que quando adotado para pagar a força policial no Afeganistão, estes comentaram surpresos que haviam ganho um aumento. Não é verdade. Apenas diminuiu a corrupção, e agora eles recebem os valores integralmente.
Hoje é fato que as formas alternativas de pagamento representam o calcanhar de aquiles do estatismo. Outro episódio bastante ilustrativo dessa realidade pode ser visto nos eventos recentes da eleição na Argentina. O volume de Bitcoins negociados no dia 26 de outubro foi da ordem de 14.151.046 BTC, enquanto no Brasil no mesmo período foram negociados 1.103.571 BTC de acordo com dados compilados pela Coin.Dance. Não só isso, mas no dia 30 de outubro verificou-se que o bitcoin na Argentina já estava 30% mais caro do que no resto do mundo. Dadas as duras restrições do banco central, que forçam os cidadãos a “afundar no navio”, parece provável que o Bitcoin se torne ainda mais atraente para aqueles que vivem em circunstâncias econômicas cada vez mais terríveis, leia-se, socialismo.
Sim, por um lado é realmente lamentável que sujeitos pacíficos tenham de se preocupar com decisões aleatórias de políticos que podem com uma canetada arrasar a vida de milhões de famílias. Contudo, no longo prazo essas insanidades estatistas vão resultar em uma quantidade tão volumosa de soluções anti-sistema que será possível constatar de forma inequívoca que ao contrário do que Marx dizia sobre o capitalismo, é o socialismo e o estatismo que se auto-destruirão por que já contém em seu âmago as sementes da sua própria ruína.

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