Friday, October 8, 2021

A queda do muro de Berlim, o infame muro de contenção antifascista

Trinta e dois anos atrás, na fatídica data de 9 de novembro de 1989, caía finalmente o infame muro de Berlim, dando início ao processo de reunificação das duas Alemanhas.
A extravagante estrutura de ferro e concreto que contava com 45 km de comprimento e cerca de 3 m de altura, era muito mais do que uma barreira física, era o símbolo da cortina de ferro instalada pelos Socialistas para impedir o acesso da população aos países capitalistas.
Ao longo de seus 40 anos de existência, o muro de contenção anti fascista, como era carinhosamente apelidado pelos marxistas, contava com o reforço de mais de 10.000 soldados, centenas de cães de guarda e torres de vigilância, e até mesmo minas terrestres, além de uma área de centenas de metros cheia de obstáculos, chamada "zona da morte", na qual muitos alemães perderam a vida tentando escapar do despotismo soviético.
Não obstante esse tremendo esforço por parte da elite dirigente em manter a população confinada na área socialista, ainda assim muitos alemães tentaram atravessar aquele horrendo obstáculo, e algumas felizmente tiveram sucesso em seu objetivo.
Os números oficiais dizem que mais de 5000 pessoas conseguiram atravessar aquelas barreiras, quer fosse correndo, desviando-se heroicamente das balas, ludibriando os guardas com documentos e uniformes falsos, ou mesmo nadando ou até cavando túneis com centenas de metros no subsolo.
A propósito, o mais famoso desses túneis ficou conhecido como Túnel 57, no qual Joachim Neumann, um engenheiro alemão de vinte e um anos que já havia alcançado o lado ocidental, cavou um túnel de volta ao território ditatorial para ajudar na fuga de sua namorada e outras 56 pessoas.
Mas infelizmente nem todas as tentativas de fuga tiveram um final feliz, sendo que algumas centenas dos que tentaram fugir entraram para as estatísticas dos mortos e feridos pela Stasi, a polícia secreta alemã.
Em alguns casos a Stasi conseguia informações antecipadas e frustrava o trabalho de construção de túneis, outras vezes os próprios esforços desesperados dos alemães acabavam por chamar demais a atenção e eles terminavam presos antes de qualquer medida efetiva para tentar atravessar a fronteira.
Havia aqueles que tentavam gambiarras mirabolantes, como tentar escapar da zona comunista construindo balões caseiros. Outros simplesmente tentavam a sorte de pular sobre o muro. A maioria desses planos acabava falhando.
Em alguns casos os desafortunados fugitivos eram baleados, e por azar, acabavam não morrendo imediatamente, mas terminavam alvejados e deixados sangrando no meio do caminho.
Talvez você não saiba, mas um fato curioso sobre o muro é que a estrutura não fazia parte dos planos iniciais dos dirigentes socialistas, tanto que eles só construíram o muro em 1961.
Ocorre que após o término da segunda guerra mundial, e tendo as potências vencedoras dividido o território alemão, muitas pessoas começaram a fugir da porção alemã que era governada pelos soviéticos.
As estatísticas dizem que naquele período aproximadamente 4 milhões de pessoas já haviam abandonado o território socialista.
Curiosamente, esse número é comparável ao êxodo de países do oriente médio que se encontram em guerra civil.
Por conta disso, os dirigentes socialistas sabiam que era só questão de tempo para que eles estivessem governando um país deserto. E assim, sem prévio aviso, Moscou decidiu erguer a barreira de contenção na divisa com a Alemanha Ocidental.
Essa decisão foi fatal para aqueles que ainda tinham planos de imigrar, mas infelizmente, o muro não era a única forma de controle na Alemanha Oriental, e na verdade, talvez nem fosse a mais brutal.
Conforme mais documentos "antes secretos" chegam a conhecimento do público, o mundo começa a ter uma noção mais aproximada das trevas que imperava no antigo regime.
Tomando por base os próprios registros documentais da Alemanha Oriental, é possível dizer que entre os membros da polícia secreta e seus colaboradores, o governo tinha cerca de um espião para cada 60 pessoas no país.
Nem todos os colaboradores eram efetivamente empregados da polícia secreta, mas o governo tinha vários métodos para conseguir informação. Um desses métodos era justamente a manipulação ideológica, que criava um fanatismo e uma lealdade ao partido tão grande que muitos prontamente denunciavam seus próprios familiares e vizinhos por atividade antirrevolucionária.
Atualmente, diante dos registros da Stasi que sobreviveram para contar a história, não é incomum que pessoas acabem por descobrir que foram espionadas a vida inteira por seus maridos ou filhos, tamanho era o grau de fanatismo que alguns tinham pelo regime.
Para rastrear o movimento de pessoas ditas suspeitas, o regime usava das mais diversas táticas, a ponto de usar odores em objetos pessoais dos cidadãos para que os cães policiais pudessem rastreá-los, e em certos casos, até colocando material radioativo em seus pertences para soar alarmes quando eles tentassem passar pela fronteira.
Assim, não fica difícil compreender o porquê de muitos optarem por enfrentar os riscos da travessia pelo muro, do que simplesmente aceitar viver naquela fúnebre atmosfera infeliz.
Essa teimosia dos alemães deve ter sido quase incompreensível para os socialistas mais fervorosos, pois afinal, aqueles proletários germânicos estavam sendo salvos da exploração capitalista que havia nos países burgueses. Então por qual razão eles faziam tanta questão de fugir do paraíso socialista e arriscar a vida para chegar ao inferno capitalista judaico-cristão ocidental?
Ironias à parte, havia alguns fugitivos que optavam por um percurso diferente, viajando primeiro para a Hungria, para em seguida atravessar a fronteira austríaca.
Essa pitoresca rota de fuga foi particularmente importante no fim dos anos 80, pois o processo de reabertura da Hungria já havia começado, já que em 1989 O comunismo já tinha enfraquecido de forma tremenda nos países aliados e satélites da União Soviética.
Com isso as barreiras físicas entre a Hungria e a fronteira austríaca já começaram a cair em maio de 1989, 6 meses antes da queda do muro de Berlim.
Muitos alemães não pensaram duas vezes e aproveitaram a chance de viver uma vida mais livre do outro lado da muralha.
Assim, com o inegável enfraquecimento dos tentáculos soviéticos no leste europeu, a queda do muro de Berlim também tornou-se inevitável, e acabou por efetivar-se em 09 de novembro de 1989.
Assim, o fim do famigerado muro de contenção antifascista foi na verdade a conclusão de um processo de esfacelamento da cortina de ferro que já se deteriorava há muitos anos.
Reza a lenda que nós devemos conhecer a história para evitar repeti-la. A divisão da Alemanha, com resultados tão benéficos para o lado ocidental, e com resultados tão sofríveis para o território socialista, serve como uma sonora evidência contra esse nefasto sistema político.
É como dizem: se o socialismo não deu certo na Alemanha, é porque não dará certo em lugar nenhum.
Mas não se surpreenda se por um acaso os militantes da religião dogmática de Karl Marx ainda assim argumentarem que o socialismo é o melhor sistema. Alguns deles até usam de curiosas estatísticas para dizer que a vida sexual das alemãs era melhor durante a vigência do inditoso regime vermelho.
Sim, por incrível que pareça, eles tem até livros desenvolvendo a tese de que o igualitarismo do leste ajudava as comunistas a se libertarem das amarras do patriarcado, e que por isso elas fodiam mais e melhor.
Não, você não ouviu errado. Até uma foto de origem duvidosa da chanceler Angela Merkel numa praia de nudismo é usada como argumento de que as alemãs do leste tinham mais liberdade sexual.
Bem, o golpe ta aí, cai quem quer. Fato é que podendo ou não encontrar a Angela Merkel numa praia de nudismo, ainda assim havia uma incomensurável fila de pessoas na Alemanha oriental desejosas de escapar do paraíso socialista.
E mesmo na atualidade, mesmo passados trinta e dois anos deste fatídico evento, as zonas alemãs que antigamente eram governadas pelos socialistas até hoje não se recuperaram da tragédia marxista, havendo uma enorme discrepância de renda e qualidade de vida entre a parte leste e a parte oeste de Berlim.
Isso posto, só podemos nos empenhar para que cada vez mais fatos como estes venham a conhecimento do público geral, para que de uma vez por todas as pessoas consigam superar a virulenta ignorância que é espalhada pelos propagandistas da causa de Karl Marx.

https://www.smithsonianmag.com/history/most-successful-tunnel-escape-history-berlin-wall-180953268/
https://outline.com/5zVNm8
https://www.socialistamorena.com.br/comunistas-transam-melhor/
https://www.dw.com/pt-br/piquenique-pan-europeu-o-come%C3%A7o-do-fim-da-cortina-de-ferro/a-50055898

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