Wednesday, June 26, 2019

Cobrem mais impostos de nós!, pedem bilionários americanos.

    Pra surpresa de exatamente ninguém, George Soros e um grupo de mega corporativistas estão encabeçando um movimento de criação de um imposto sobre grandes fortunas nos Estados Unidos. Postulam eles que, se a nata dos super ricos, os 0,01% suportarem uma tributação maior, uma parte do peso que recai sobre os mais pobres poderia ser aliviada de seus ombros.
    Desde já fique consignado que, para libertários, uma atitude como esta é totalmente incapaz de enganar ou causar a mínima comoção. Ora, aumentar o poder financeiro dos atores políticos que são seus aliados tem como consequência um aumento, ainda que indireto, do poder de intervenção que estes mesmos corporativistas já desfrutam na burocracia estatal.
    Mas é claro que o senhor bovino gadoso, crente que é na boa intenção que habita o coração da laia de José Sarnei, deve obviamente começar a mugir pela empolgação de ver efetivada as ideias de distribuição de renda que bovinos alfa da estirpe de Lula sempre prometem concretizar. Diria ele:
Esse dinheiro pode ser usado pra aumentar o bem estar dos mais carentes, investindo em infraestrutura, educação e saúde para os pobres...
    Sabe-se que para o pensamento médio pode soar de muito bom tom aumentar a eficiência do roubo se disso puder resultar alguns objetivos nobres, como a erradicação da fome ou o combate à epidemia de AIDS na África.
    Ocorre que o senhor bovino gadoso ignora o básico do básico das lições de economia, e passa a anos luz de distância de considerar aspectos praxeológicos na sua tomada de decisão quando uma questão como esta se apresenta. Vejamos então qual deveria ser a conclusão do bovino gadoso caso fizesse uso dessas ferramentas filosóficas racionais.
    Em primeiro lugar, o bovino gadoso deveria reconhecer que humanos agem visando sair de um estado de menor satisfação para um estado de maior satisfação. Esse axioma é auto evidente, e se o bovino se propusesse a refutar este axioma estaria incidindo em uma contradição performática e indefensável.
    Mas o bovino poderia redarguir: George Soros visa sair de um estado de menor satisfação, (em que o pobre sofre), para um estado de maior satisfação, originado das suas próprias inclinações filantrópicas e benevolentes.
    Porém, fosse realmente esse o desejo de George Soros, este já teria a seu alcance todas as ferramentas aptas a gerar este resultado, se é que ele realmente o quereria.
    Para não dar cabo de vez das esperanças do bovino gadoso vejamos duas das hipóteses que poderiam tornar mais defensável essa tese capenga:
nº1 a quantidade monstruosa de dinheiro do Sr. Soros, por alguma razão inexplicável vem tornando a sua vida insuportavel, de modo que o simples fato de ter menos dinheiro levaria o Sr. Soros a um estado de maior satisfação. Esse cenário obviamente não procede, vez que ao contrário da geração de riqueza, a destruição de riqueza é algo que está ao alcance do mais inepto adolescente, logo, também do próprio Soros.
nº2 a intenção de Soros seria de destinar alguma fração arbitrária de dinheiro para aumentar o conforto dos pobres. Ora, será que esta hipótese também não cai no mesmo problema da hipótese anterior?
    Evidentemente Soros tem condições de executar as maiores de suas ambições, ainda que tais ambições fossem ambições meramente filantrópicas. Ora, Soros hoje estaria de fato impedido pelo congresso e o presidente americano de utilizar seus recursos escassos para construir um hospital? Para distribuir dinheiro à universidades? Tornar-se benfeitor da cruz vermelha? instituir 666 ong's pelo país para cuidar de imigrantes e outras minorias que os políticos se jactam de defender?
    Para todas essas questões a resposta é um claro e sonoro NÃO. Todos esses objetivos estão ao alcance de Soros, bastando cinco minutos do seu tempo que ele gastaria pra assinar algumas procurações e nomear alguns advogados e executivos que pusessem em prática quaisquer uma de suas essentricidades. O fato de que George Soros não o faz prova de forma definitiva que não é este o seu intento.
    Soros já sabe, (embora talvez o seu séquito ignore), que atuar diretamente para a execução de um projeto é infinitamente mais proveitoso que delegar esta mesma tarefa ao estado. Se ele cogitasse, por exemplo, destinar 200 milhões de dólares para uma pesquisa de medicamentos contra a malária, haveria uma chance muito maior deste recurso ser bem destinado caso a seleção dos pesquisadores e das instituições fosse totalmente privada. Ao se deixar a análise de uma questão como essa nas porcas mãos do estado, este pode decidir com critérios irracionais, a exemplo de outorgar à administração de um museu para um filiado ao PSOL que provavelmente estará tocando harpa enquanto o museu queima.
    Caberia então nesse caso uma aplicação analógica do paradoxo de Epicuro para explicar em qual situação Soros se encontra:
Se Soros quer ajudar os pobres, e ainda assim não os ajuda, é por que não tem possibilidades fáticas de o fazer. (hipótese já falseada).
Soros quer ajudar e tem os recursos necessários, porém não sabe como executar seu intento. (igualmente provado falso).
Soros tem recursos e sabe como ajudar os pobres, mas escolhe deliberadamente não o fazer. (única hipótese racional que se apresentou).
Conclusão: George Soros não é benevolente, combater a pobreza não o levaria a um estado de maior satisfação, e tão pouco deseja do fundo do seu coração ajudar alguém além dele mesmo.

Matéria: Cobrem mais impostos de nós!, pedem bilionários americanos
https://exame.abril.com.br/economia/cobrem-mais-impostos-de-nos-pedem-bilionarios-americanos/

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