Monday, July 1, 2019

Clipping de notícias 01/07/2019

Nos últimos dias noticiou-se o acordo de "livre comércio" entre Mercosul e união europeia.
O acontecimento pode não ser exatamente o que vem pregando à direita e à esquerda. Isto por que, conforme bem lembra um elucidativo artigo publicado no instituto Mises, Acordos de livre comércio envolvem muito mais “acordos” do que “livre comércio”.
Livre comércio significa simplesmente você e eu transacionarmos livremente com quem quisermos, não importa se a outra pessoa está do outro lado da rua ou do outro lado do globo.  Não há barreiras, não há tarifas, não há imposições governamentais.
Já "acordos de livre comércio" são apenas uma forma de mercantilismo disfarçado.
Conforme bem apontado no artigo supra mencionado, o acordo de "livre" comércio entre o Canadá, o México e os EUA tem duas mil páginas, novecentas das quais se referem unicamente a tarifas.
Isso quer dizer, no fim das contas, que o impacto do dito acordo com o Mercosul precisará ser mensurado caso a caso. Primeiramente os parlamentos dos países signatários devem apreciar as cláusulas antes que estas entrem em vigor, para só depois algo de concreto possa ser apontado como redução efetiva de uma taxa contra produtos brasileiros. Mas se tudo correr conforme projeta Paulo Guedes, nosso fluxo comercial com a Europa pode ter um bom incremento nos próximos anos. É esperar para ver.
Fontes:
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2198
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06/mercosul-e-uniao-europeia-fecham-acordo-de-livre-comercio.shtml?

Enquanto isso...

Brasil assina acordo de cooperação com EUA com foco em ferrovias
Ministro da Infraestrutura diz que americanos não esperarão Previdência para investir no setor
Uma novidade bastante aguardada, principalmente após as manifestações dos caminhoneiros durante o governo Temer.
Uma pequena nota sobre o infame governo Temer: não fossem os caminhoneiros e as peripécias dos irmãos Batista da JBS, provavelmente uma significativa reforma da previdência já teria passado, e agora poderíamos estar discutindo uma reforma tributária.
Enfim, dando certo essa nova iniciativa das ferrovias, pode ser que o transporte de mercadorias fique menos sujeito à humores aleatórios de uma categoria específica.
Esse problema relativo ao tabelamento do frete, fruto do dito movimento grevista, também é um fator que impacta a produção agrícola brasileira. Segundo recente matéria do G1, problemas antigos ainda incomodam as principais cadeias produtivas do agronegócio. Lideram as reclamações as condições das estradas brasileiras, especialmente no Centro-Oeste.

“A infraestrutura logística impacta diretamente [no agronegócio], precisamos de ferrovias, hidrovias, precisamos construir mais modais porque temos uma logística problemática. Outro problema é o tabelamento do frete, que está tirando a competitividade do produtor”, critica Braz, da Aprosoja.
fontes:
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2019/07/01/brasil-comeca-novo-ano-safra-com-produtores-preocupados-com-o-dolar.ghtml
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06/brasil-assina-acordo-de-cooperacao-com-eua-com-foco-em-ferrovias.shtml

Lição que fica para os caminhoneiros: da próxima vez, peçam mais intervenção do estado. O consumidor e toda a cadeia produtiva agradecem.

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